filosofia
O raciocínio é uma relação de juízos ou proposições dadas e já conhecidas de modo a retirar uma proposição nova ou desconhecida (conclusão).
O raciocínio é uma operação mental e à sua expressão verbal dá-se o nome de argumento.
Um argumento é um conjunto de proposições organizadas de tal maneira que se pretende que uma delas, a que chamamos conclusão, é apoiada por outra ou outras, o que chamamos premissas. Um argumento pode ter uma ou várias premissas, mas tem só uma conclusão, ou conclusão principal.
Quer as premissas, quer a conclusão são proposições, e cada uma das proposições é constituída por termos.
Convém agora esclarecer as partes constituintes do argumento:
a) O termo;
b) A proposição.
O termo é a expressão verbal do conceito. Conceito é a unidade básica do pensamento. É uma representação mental e abstrata que abarca características comuns aos membros de uma mesma espécie e que os distingue de outra espécie. Em si mesmo, nada afirma ou nega. O termo pode ser constituído por uma ou por várias palavras: por exemplo, ser vivo, animal doméstico.
A proposição é o enunciado de um juízo ou a sua expressão verbal. O Juízo é a operação racional pela qual estabelecemos relações entre conceitos. Onde se coloca o problema da adequação entre o que exprimem e a realidade. O juízo é verdadeiro ou falso.
Como reconhecer um argumento
À semelhança do que acontece com os termos, também as proposições se relacionam umas com as outras, organizando-se e operações mais complexas. Os argumentos são, portanto, encadeamentos de duas ou mais proposições, levando-nos a uma conclusão. As não se enquadram na categoria de argumentos aqueles que são meros conjuntos de proposições sem qualquer conexão lógica entre si. Por exemplo:
Todos os seres humanos são inteligentes
Os seres humanos são pedras
Logo, os gatos são animais
O que caracteriza o argumento é o nexo lógico que se verifica entre as premissas e a conclusão.