Filosofia
O livro apresenta oito jornadas científicas organizadas pelo autor e realizadas na França em 1998, que tiveram como objetivos favorecer uma dupla adequação: às finalidades educativas e aos “objetos” naturais e culturais. O sentido de tais jornadas foi o de fornecer elementos de informação e de reflexão, a fim de regenerar uma cultura humanista laica, capaz de armar intelectualmente os adolescentes para que possam afrontar o século XXI. Apesar de não darem conta da totalidade dos saber, elas buscam favorecer a emergência de novas humanidades a partir das culturas científica e humanista.
Primeira jornada – O Mundo
Essa jornada compõe-se de seis artigos. As concepções de mundo das diferentes comunidades e civilizações e as formas de situar-se no mundo são os temas de cada um deles.
O primeiro se intitula Introdução ao estado atual do mundo, de autoria de Jacques Labeyrie e discorre sobre as grandes idéias que nos permitem fazer uma representação do cosmos. Para ele, as mudanças causadas pelas inovações recentes dão a impressão, a quem está a par delas, que o mundo encolheu, devido às facilidades para se transportar e se comunicar. E esse ar de inovação atinge também o ensino e podemos nos alegrar com a facilidade com que essas mudanças alcançam cada vez mais pessoas.
O segundo artigo, O cosmos: concepções e hipóteses, de Michel Cassé, começa com a palavra Céu e, a partir dela, vai discorrendo sobre o universo e sobre as hipóteses de existência, exemplificando com as diferentes eras que o cosmos atravessou: a era do caos quântico, a era do vazio, a era radiante, a era estelar e a era solar.
A seguir, temos o texto Teorias cosmológicas e ensino das ciências, de Pasquale Nardone, no qual é usada a cosmologia para discutir o discurso ideológico da física. Assim como a matemática, também a cosmologia se utiliza de observações e modelos para elaborar uma narrativa que,