Filosofia
O século XIX é, na filosofia, o grande século da descoberta da história ou da historicidade do homem, da sociedade, das ciências e das artes. É particularmente com o filosofo alemão Hegel que se afirma que a história é a realidade, que a razão é a verdade e que os seres humanos são essencial e necessariamente históricos.
Essa concepção levou à ideia de progresso, isto é, de que os seres humanos, as sociedades, as ciências, as artes e as técnicas melhoram com o passar do tempo, acumulam conhecimento e práticas, aperfeiçoando-se cada vez mais, de modo que o presente é melhor e superior se comparado ao presente.
Declínio do otimismo no século XX em relação ás ciências, às técnicas e às revoluções sociais e políticas que havia no século XIX.
No século XX, contudo, a filosofia passou a desconfiar do otimismo científico-tecnológico do século anterior em virtude de vários acontecimentos: as duas guerras mundiais, o bombardeio de Hiroshima e Nagasaki, os campos de concentração nazistas e stalinistas, as guerras da Coreia, do Vietnã, do Oriente Médio, do Afeganistão, as invasões russas da Hungria e da Tchecolosváquia, as ditaduras sangrentas da América Latina e da África, a devastação de mares, florestas e terras, a poluição do ar, os perigos cancerígenos de alimentos e remédios, o aumento de distúrbios e sofrimentos mentais, os problemas éticos e políticos surgidos com o desenvolvimento da genética e da engenharia genética, etc.
Além disso, as ciências e técnicas foram incorporadas e grandes complexos industriais e militares, que financiam as pesquisas e definem o que deve ser pesquisado e como serão utilizados os resultados. O chamado “complexo industrial militar” das grandes potências econômicas possui poder de vida e morte sobre o planeta, não está submetido a governos nem a associação públicas, mas opera secretamente, segundo seus próprios interesses, desencadeando guerras, ditaduras e violências em toda parte.
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