Filosofia
Diante disso, podemos questionar: o que há hoje é mesmo liberdade? E ela é positiva? E para refletir sobre essa “liberdade moderna”, podemos buscar três linhas filosóficas para nos ajudar a estabelecer uma definição crítica deste conceito: os estoicos acreditam que a liberdade está na aceitação daquilo que a vida nos proporciona; Rousseau desenvolveu a definição de “bom selvagem”, que se articulou com o tema da liberdade e demonstrou como a sociedade organizada, baseada na propriedade, destruiu a relação entre natureza e liberdade e destacou a importância de se abrir mão de parte da liberdade individual para a garantia do direito a todos. E, por fim, o existencialismo de Sartre diz que a liberdade nos leva à responsabilidade e que somos “condenados a ser livres”.
DE ACORDO COM A NATUREZA
“Definição de fim segundo Zenão: ‘viver de modo coerente’; o que significa viver em conformidade com uma razão única e concorde, ao passo que aqueles que vivem de modo contraditório são infelizes.
Dizemos fim um bem perfeito, como dizemos que é fim a coerência; mas dizemos fim também o escopo, como dizemos que é um fim o viver coerentemente e também dizemos fim o último dos bens desejáveis, ao qual todos os outros se reportam.
Fim é a felicidade, para a qual toda coisa se faz, onde ela se faz, sim, mas não para um escopo estranho a ela; consiste em viver virtuosamente, em viver coerentemente, e ainda, que é afinal uma coisa só: viver segundo a natureza”.¹
A citação acima nos ajuda a entender a essência do pensamento estoico e a relação que os filósofos dessa