Filosofia patrística
Aurélio Agostinho nasceu no ano de 354, em Tagaste (hoje na Argélia), sob o domínio romano. No ano de 391 foi ordenado sacerdote e em quatro anos tornou-se bispo de Hipona, função que manteve até a morte, em 430. A razão, para Agostinho, serve de auxiliar da fé, esclarecendo e tornando inteligível aquilo que intuímos. Ele tinha tomado contato com o pensamento neoplatônico de que a natureza humana contém parte da essência divina. Demonstra que há limites para a racionalidade e que receberemos um saber que está além do natural. Com o cristianismo uma luz inundou seu coração, sua alma encontrou a paz. Ele criou a teoria da Iluminação, onde Deus ilumina a razão e permite ao homem pensar de maneira correta. Para ele a fé era muito importante e a verdade era um atributo advindo dela. No pensamento de Agostinho destaca-se, ainda, a palavra como estímulo do homem que, ao descobrir a verdade sobre o que lhe for dito, aprende. E para tanto se tornam importantes o diálogo e a confiança explicitados pelas potencialidades do trabalho em comunidade. As questões filosóficas que formam a base para a construção da chamada filosofia agostiniana são: o conhecimento, a sabedoria e a amizade.
A educação agostiniana, hoje, coloca em prática contínua o modo do próprio Santo Agostinho de ensinar e aprender, com amor ao que se faz e com sinceridade. Considerar este projeto de ensino envolve a presença de educadores que se dediquem e que sejam bem auxiliados em suas atividades.
Bibliografia: AGOSTINHO, Santo. De Magistro. São Paulo: Vozes: 1999.
BROWN, Peter. Santo Agostinho uma biografia. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Record,2005.