FILOSOFIA MODERNA
Filosofia Moderna: sua importância e aplicabilidade prática
A Filosofia Moderna é um marco importantíssimo para o pensamento ocidental, um “divisor de águas”, pois quebra radicalmente com as tradições filosóficas anteriores, contudo ainda sem deixar de ter influência destas, negando ou reafirmando ou reformulando algumas de suas idéias. Além de ter acompanhado o desenvolvimento da classe burguesa, e até ter sido como ponto de apoio em defesa do ponto de vista desta classe emergente.
Com a mudança no modo de vida ao final do período medieval surge uma nova classe social, a burguesia, isto é, os plebeus que se enriqueceram com o crescimento das transações comerciais. Contudo, a estrutura social não havia sido alterada, mantendo-se assim a divisão da sociedade em castas, de ordem hereditária e de pertinências imutáveis. Então, a classe burguesa emergente era prejudicada por tal fato, e sem contar que o lucro era visto como pecado pela Igreja, atrapalhando assim seus interesses. Logo, os burgueses buscavam forças intelectuais para ajudá-los a reformular o pensamento ocidental até então, e é nesta busca que a filosofia moderna é acolhida e apoiada.
Apesar do período da Idade Moderna ter como início o ano de 1453, foi somente por volta da metade inicial do século XVII que a filosofia moderna tomou sua forma, quando Descartes – um dos principais, senão o principal, dos filósofos Racionalistas Modernos – reformulou o problema tradicional da filosofia, ou seja, a evidência da relação entre a alma, o mundo e Deus, e neste último fundamenta-se a existência do mundo e nele assegura-se a posição da alma, conforme as palavras da apostila da respectiva disciplina. Descartes encara tal problemática através da metafísica da subjetividade – o Sujeito recebendo a tarefa de fundamentar o Ser. Esta subjetividade, ao