Filosofia moderna
Características gerais do saber no século XVII Filosofia moderna é redução, considerando as várias filosofias que polimerizaram entre si nesse período, os filósofos concebendo a metafísica, a ciência da Natureza, as técnicas, a moral e a política de maneiras muito diferenciadas. É impossível não reconhecer a existência de um campo de pensamento e de um campo discursivo comum a todos os pensadores modernos e no interior dos quais suas semelhanças e diferenças se configuram. A distinção entre filosofia e ciência é muito recente, de modo que os pensadores do século XVII são considerados sábios (e não intelectual) e não separam seus trabalhos científicos, técnicos, metafísicos, políticos. Para eles, tudo isso constitui a filosofia e cada sábio costuma ser um pesquisador ou um conhecedor de todas as áreas de conhecimento, mesmo que se dedique preferencialmente mais a umas do que a outras.
Das características gerais do campo de pensamento e de discursos da Filosofia Moderna, destacaremos os seguintes: o significado da nova ciência da Natureza, os conceitos de causalidade e de substância, a ideia de método ou de mathesis universalis, e a ideia de razão, explícita ou implicitamente elaborada por tais pensadores.
A nova Ciência da Natureza ou Filosofia Natural Possui três características:
1) Passagem da ciência especulativa para a ativa, na continuidade do projeto renascentista de dominação da Natureza e cuja fórmula se encontra em Francis Bacon: "Saber é Poder";
2) Passagem da explicação qualitativa e finalística dos naturais para a explicação quantitativa e mecanicista; isto é, abandono das concepções aristotélico-medievais sobre as diferenças qualitativas entre as coisas como fonte de explicação de suas operações (leve, pesado, natural, artificial, grande, pequeno, localizado no baixo ou no alto) e da ideia de que os fenômenos naturais ocorrem porque causas finais ou finalidades os provocam a acontecer.
3) Conservação da