Filosofia kantiana
A educação sempre esteve presente direta ou indiretamente nas reflexões filosóficas, ao longo da história do nosso pensamento. Kant também abordou em seu sistema filosófico a problemática da educação. Para ele é somente a partir da educação que o homem pode alcançar, com plenitude, sua humanidade, pois a educação o constrói. Este filósofo vê na educação um passaporte para a perfeição da humanidade e com isso aperfeiçoar as disposições que o homem já traz dentro de si referentes a esta lei, contrariando a teoria de Locke, onde mostra que todas as aprendizagens provêm do meio externo para o interno, pois para Locke não existe ideias nem predisposições inatas o homem é visto como uma tabula rasa onde as ideias são impressas. Já para Kant homem só se torna plenamente humano mediante a educação e esta não deve ser entendida, simplesmente, como educação formal, aquela da escola, mas a que engloba a formação total do ser humano.
Kant também afirma que cada geração pode se aperfeiçoar mais do que a anterior visando um ideal de perfeição. Sua Pedagogia é dividida em três partes: "Introdução", "Sobre a Educação Física" e "Sobre a Educação Prática". Na primeira parte, Kant traça as linhas gerais de sua concepção educativa, na segunda, trata dos cuidados com o corpo; e na última, disserta sobre a vida moral do ponto de vista da educação. Ainda na Educação Prática de Kant consiste em trabalhar no homem sua habilidade, sua prudência e sua moralidade aspectos que somados estão diretamente relacionados à formação de seu caráter. Quanto às virtudes podemos compreendê-las como a capacidade que o homem desenvolve em si de agir conforme o dever estabelecido por ele mesmo por meio da razão. É a razão que nos permite conhecer a lei moral que encontra-se em nós. Seus conselhos se dirigem principalmente às crianças, pois o caráter, cuja consolidação é a etapa suprema da educação, deve ser formado desde cedo no homem. A mentira, por exemplo, quando praticada