Filosofia Grega

2141 palavras 9 páginas
O pensamento grego possui várias transformações com o decorrer do tempo. Nos primórdios a visão antiga grega embasava-se em mitos e perspectivas religiosas para o esclarecimento do mundo. Posteriormente, rompe-se com as antigas explicações e nota-se a mudança do pensamento visando um entendimento de cunho racional.
Foi através dos questionamentos sobre a cosmologia – estudo das origens do mundo e do próprio mundo - que iniciou essa nova trajetória inclusive muito ligada à physis, ou seja, à natureza. Portanto, a cosmologia busca compreender a própria realidade fundamentada na busca de um logos.
O logos toma-se como base da razão e já se revela na cosmologia. Como discurso, logos atua como a narrativa que alcança a realidade. Já como pensamento, logos é a própria razão como o verdadeiro.
Ao entendimento dos gregos não há uma criação do mundo que surgiu através dos deuses, mas há elementos que se arranjam e desarranjam em constante processo chamado devir. O devir possui um processo circular, ou seja, o mundo e toda a constituição dele se rearranjam continuamente.
O homem está inserido no mundo de forma que não é possível estudar a cosmologia sem compreendê-lo, tornando-a não só uma reflexão sobre as leis da natureza, mas inclusive do homem e as relações políticas e sociais que o envolve.
O direito exerceu um papel fundamental para a consolidação da filosofia. A lei era expressa pela simbologia de Themis que representava o cumprimento das leis pela força. Em oposição a Themis possui a Dike também no âmbito da justiça que se apoiava na ênfase maior pelo justo e não pela força.

Os pré-socráticos

Em uma determina época há um conjunto de pensadores que antecederam Sócrates chamado pré-socráticos. Neste conjunto destaca-se Anaximandro de Mileto que rompeu com as velhas tradições e afirmava que a physis surgia do ápeiron, o infinito e ilimitado, que sem forma origina todas as coisas.
O ápeiron define o nascimento e o perecimento das coisas de forma ilimitada, e

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