Filosofia - Descartes
O presente projeto tentará provar com base nos argumentos do filósofo René Descartes (presente em sua obra Meditações, publicada em 1641) a verdade absoluta dentro de seu projeto cartesiano. O filósofo acredita ser capaz de criar um método para a ciência, diferente da qual a mesma se baseava até então (o edifício aristotélico). Para ele, até mesmo a geometria e a aritmética não possuíam um método eficaz para sua elaboração; ou seja, um método claro e distinto. O objetivo do filósofo era a criação de uma matemática universal, sem referência a números ou fórmulas, mas com princípios que pudessem ser aplicados a todos os campos do saber.
O que urge evidenciar é o fundamento que permita um novo tipo de conhecimento da totalidade do real, pelo menos nas linhas essenciais.
(DESCARTES, PP. 288)
Logo, ele procura uma fundamentação para o conhecimento que seja aplicável a toda a filosofia e ciência, não tratando de uma ciência em particular, mas de todo o conhecimento humano.
A primeira regra do método cartesiano é que “não se deve acatar nunca como verdadeiro aquilo que não se reconhece ser tal pela evidência” (PP.289), excluindo qualquer possibilidade de dúvida. Para Descartes, a evidência é a verificação de ideias claras e distintas. Conseguimos chegar à evidência através da intuição; portanto a evidência deverá ser auto-afirmativa de modo que se sustente, sem necessidade de uma argumentação por trás. Ou seja, uma ideia que reflete unicamente a razão.
Não se deve acatar nunca como verdadeiro aquilo que não se reconhece ser tal pela evidência, ou seja, evitar apuradamente a precipitação e a prevenção, assim como nunca se deve abranger entre nossos juízos aquilo que não se apresente tão clara e distintamente à nossa inteligência a ponto de excluir qualquer possibilidade de dúvida.
(DESCARTES, PP. 289)
A segunda regra consiste no processo de “dividir cada problema que se estuda em tantas partes menores, quantas for possível e necessário para melhor