Filosofia da comunicacao
Aluno Responde: Por que não ? Quando me fazem a pergunta: “Por que escolhi fazer comunicação social”, nunca consigo chegar a uma resposta objetiva, para entender o processo de minha escolha sou obrigado a detalhar todo o processo da minha trajetória até este ponto específico de minha vida e o surgimento deste fenômeno. Na minha adolescência, mais especificamente aos meus dezoito anos me vi obrigado a fazer uma decisão que mudaria minha vida por completo, na sombra de uma prova chamada de vestibular existe uma pergunta fundamental que determinará sua vida por completo nos anos consecutivo: “Qual curso (profissão) deseja concorrer?”. Esta indagação é injusta para um adolescente, pois logo no período que atinge a maioridade me deparei com uma situação que requeria maturidade e vivencia de vida, é quase que impossível exigir de uma “criança” que não tem menor noção do mercado de trabalho, ou até mesmo de como o fenômeno trabalho se manifesta em nossas vidas, fazer uma escolha que requer um nível de precisão tão alto quanto este. Bem, como já mencionado na sala de aula escolhi fazer administração de empresas, mas por quê? Na minha inocência a reposta para essa pergunta soava muito simples e direta, pois eu não entendia como o mundo funcionava e a única certeza que pairava era que trabalharia em uma empresa, logicamente minha escolha fazia todo sentido e dentro da minha visão limitada do que era o mundo adulto, acreditava que fazia a escolha correta. Quando comecei a cursar administração, percebi que não conseguia me engajar nas aulas, parecia que passar por aquilo era uma penitencia, ou um ritual de passagem da adolescência para a vida adulta. A ideia de que prazer e trabalho pudessem andar em uma via única simplesmente não havia sentido. Na realidade esse pensamento estava completamente correto se formos analisar o Brasil na década de 90 pós-ditadura militar. O sentido da palavra democracia e o surgimento das liberdades