Em Filosofia da Ciência. Introdução ao jogo e a suas regras, o autor faz um alerta para a necessidade de se desmistificar o cientista, considerado superior, por si, pela classe e pela grande maioria das pessoas comuns, dado ao seu trabalho em busca da verdade, do conhecimento e do desenvolvimento da ciência.A obra diz os quais, gradativamente, vão conduzindo o mundo da ciência, em um raciocínio bem estruturado, lógico e didático. Ao longo do tempo são inseridos exemplos, questionamentos e jogos, par que continue interagindo com os assuntos tratados. Também sobressaem as críticas, comparações entre pensadores e cientistas e as conclusões a que conduz o raciocínio desenvolvido.Nos dois primeiros capítulos (O Senso Comum e a Ciência - I e II), a curiosidade do leitor sobre o tema é provocada de início, ao se deparar com perguntas e exemplos que o levam a compreender as diferenças básicas entre senso comum e ciência. Aqui, o senso comum não recebe uma definição específica, mas apenas uma inferência a partir da definição de ciência. Em sendo esta uma "especialização, um refinamento de potenciais comuns a todos", o senso comum seriam "as receitas para o dia-a-dia, bem como os ideais e esperanças que constituem a capa do livro de receitas", ou, na qualificação dos cientistas, "pessoas que não passaram por um treinamento científico". O autor sugere, ainda, e de forma enfática, o risco de que a especialização, aí entendida a ciência, se transforme em uma "perigosa fraqueza", de vez que ela, se mal aplicada, pode contribuir para uma atrofia do pensamento dos não-cientistas, além de limitar a visão do todo pelo aprofundamento do particular. Em outras palavras, deve-se estar ciente de que tanto a ciência quanto o senso comum requerem criatividade para o invento de soluções que buscam a adaptação do ser humano às revoluções da humanidade.No terceiro capítulo (Em Busca da Ordem) está presente o ponto de convergência entre ciência e senso comum, representado pela busca da