Filosofia - aristóteles e a busca da felicidade
(extraído e adaptado de: ABRÃO, Bvernadette Siqueira. História da Filosofia. São Paulo: Nova Cultural, p. 53 a 63)
Aristóteles nasceu em Estagira, em 384 a.C, filho de Nicômaco, médico do rei da Macedônia, aos 18 anos vai para Atenas e se torna discípulo de Platão. Em 943 é chamado á Macedônia para ser preceptor de Alexandre o Grande. Em 335 volta a Atenas e funda o Liceu. Depois da morte de Alexandre, o partido anti-macedônico obriga-o a se retirar de Atenas para a Calcídia, onde morre em 322 Aristóteles é contemporâneo do período da decadência da democracia ateniense e da invasão macedônica que unifica a Grécia sob seu domínio. Atenas, já despida de seu brilho e de sua força, via seu destino entregue aos demagogos que, aproveitando a indiferença do povo com seus interesses mais imediatos. O pensamento aristotélico representa, em muitos aspectos, uma reação a esse estado de coisas.
Dono de um saber enciclopédico, Aristóteles escreveu sobre quase todos os assuntos, examinando as teorias das diversas escolas filosóficas que precederam na Grécia. Infelizmente, a quase totalidade de suas obras destinadas á difusão de suas idéias fora dos limites do Liceu foi perdida. Restam aquelas destinadas ao uso restrito dos cursos do Liceu: anotações de cursos, indicações de questões etc. Apesar disso, sua obra conhecida é bastante volumosa: versa sobre as questões de filosofia primeira ou metafísica , sobre lógica (chamada organon), sobre ciências naturais, moral e política; sobre as artes da retórica e da poética.
A crítica ao mundo inteligível
Por se dedicar ao estudo dos seres vivos e de tudo o que a natureza contém, Aristóteles não despreza, como seu mestre, a observação das coisas que se apre-sentam aos sentidos. Mais do que isso, procura integrar a percepção do mundo sensível ao conhecimento científico e filosófico.
Isso, porém, não significa que ele tenha sucumbido ao mundo sensível e às suas variações e incertezas. Se recusa a