Aristóteles
Também Aristóteles, em sua obra Ética a Nicômacos, foca suas atenções no equilíbrio, na mediania como uma sabedoria no momento de tomada de decisão. Sua preocupação é de que toda ação humana tende a um fim: que são os bens. O conjunto das ações humanas e o conjunto dos fins particulares para os quais elas tendem subordinam-se ao “fim último”, que é o “bem supremo”, que todos os homens concordam em chamar de felicidade. “A felicidade é algo final e auto-suficiente, é o fim a que visam as ações” (1097b 26-28)
Mas, como encontrar a felicidade? Aristóteles comenta que, para uma grande parte das pessoas, a felicidade está no prazer e no gozo. Sua ressalva é de que uma pessoa que foca suas atitudes somente nas atividades geradoras de prazer corre o risco de tornar sua vida semelhante à dos escravos, uma vida em que o desejo, o apetite se sobrepõem ao bom senso, portanto uma vida digna de animais.
Honra e felicidade em Aristóteles
Reale, comentando Aristóteles, explica haver pessoas que acreditam encontrar a felicidade somente na honra (o sucesso nos dias de hoje). Porém quem aposta na honra, esquece que ela é algo extrínseco e em grande parte, depende de quem a confere. Sendo assim, esse tipo de felicidade, fica à mercê do reconhecimento de outro. Fazer uma aposta em ser feliz, dependendo sempre de ser reconhecido pelos outros, parece não ser bom. Essa não é a lógica de Aristóteles. (REALE , 1990)
Aristóteles também fala de um grupo de pessoas que acreditam ser a realização do homem, sua felicidade, juntar riquezas. Porém, a riqueza é apenas um meio para outras coisas, não podendo, portanto, valer como fim.
A felicidade e razão em Aristóteles
Ainda na Ética a Nicômacos, Aristóteles aponta que o bem supremo realizável pelo homem, ou seja, sua felicidade, consiste em aperfeiçoar-se enquanto homem. Se este quer viver bem, deve viver sempre segundo a razão. A razão aplicada à vida prática possibilita ao homem não desprezar