Filosofia ao acaso
Para os professores de Filosofia, em geral, discutir ética é promover debates em sala de aula sobre aborto, eutanásia, legalização de entorpecentes, clonagem humana ou corrupção política quando um desses temas está em destaque na mídia ou quando é usado para apresentar o que alguns filósofos considerados clássicos disseram a respeito. Pôr o veganismo como assunto a ser discutido nas aulas de Ética é indispensável.
É imprudência dos profissionais do campo filosófico do Ensino Médio continuarem ignorando a postura ética e política do veganismo, principalmente se partirmos do ponto de vista que o classifica como um movimento revolucionário. Em toda a História do pensamento ocidental, os filósofos foram e são os grandes teóricos do Vegetarianismo – hoje do veganismo – e dos direitos dos animais não-humanos a uma vida decente. Se indagados sobre o que acabei de relatar, boa parte deles irá dizer que nem sabia que existiam filósofos vegetarianos, muito menos veganos. “Uma postura tão exótica como o veganismo, não é digna de um filósofo”, diriam. Não é? Pois bem. Muitos nem ao menos sabem porque na maioria esmagadora das faculdades de filosofia não se ensina uma ética realmente abrangente e sim uma pequenina antropocêntrica.
Em resposta a esse desconhecimento histórico-filosófico, temos esse belíssimo aforismo nietzscheniano: "toda filosofia antiga baseava-se em um estilo de vida simples. Nesse sentido, os poucos filósofos vegetarianos contribuíram mais para