Filosofia Antiga
Como foi abordado anteriormente, a Filosofia, como a conhecemos hoje, ou seja, como uma ciência que estuda as inquietações humanas e visa explicá-las de maneira racional, surgiu na Grécia antiga, no século VI a.C, época em que basicamente tudo era explicado e tinha suas origens na mitologia. Fenômenos como um raio, por exemplo, eram tidos como uma manifestação da ira de Zeus, o comandante de todos os outros deuses. Essa explanação “divino-mitológica” para a realidade se chamou, então, cosmogonia. Porém, os pensadores inquietos da época quiseram responder e explicar fenômenos e perguntas como essas de maneira racional e lógica, o que foi identificada como cosmologia. Começa-se, então, a se distinguir o mito da lógica, o que antes era unido (mitologia ou lógica do mito) passa a ser separado, para se entender e se abordar a lógica do fato e/ou fenômeno, o que a filosofia caracteriza como o período de transição “do mito ao logos”, ou seja, da explicação por meio de histórias oralmente repassadas (mitos) para a explicação racional e lógica da coisas (logos).
Surge, assim, o que é conhecido como pensamento filosófico precedido por pensadores da citada filosofia antiga, que teve seu início no séc. VI a.C, e perdurou até o declínio do império romano em IV d.C. Os precursores da Filosofia foram os pré-socráticos, filósofos que buscavam a origem natural do universo e das coisas através de explicações lógicas e fundamentadas na observação e estudo da realidade; eram, em geral, monistas, ou seja, acreditavam que o universo tinha sido gerado através de um único elemento, ou fenômeno.
Os pré-socráticos, como o próprio nome alude, antecederam a Sócrates, de quem falaremos adiante; porém, essa alusão de nomes se dá mais em função da sequência e ao objeto do pensamento desses filósofos que Sócrates passa a aprimorar. Eles eram naturalistas, buscavam a essência, o princípio das coisas, o que chamavam de arché.