ensino jurídico no Brasil

8616 palavras 35 páginas
INTRODUÇÃO

“No horizonte a vencer, o que se diz é tão relevante quanto como se diz. Daí, a perspectiva inadiável de revirar a práxis didática. Sair da clausura dos saberes postos à reprodução e ir além das restrições que o molde deforma.” Luis Fachin A educação exerce papel fundamental no desenvolvimento de uma sociedade. Historicamente, observa-se que muitas vezes a educação é utilizada como “massa de manobra” para atender interesses econômicos e políticos e está diretamente organizada de acordo com as características de cada período histórico. Teoricamente, a educação tem a função de transformar o indivíduo em um ser crítico, consciente de sua realidade, capaz de refletir sobre esta, capaz de ser agente transformador e assumir posição participativa e atuante junto à sociedade, que não se limita a alienação e submissão aos ditames dos detentores do poder. No contexto da educação, existem as especialidades em função da grande quantidade de áreas do conhecimento e da necessidade de que indivíduos conheçam profundamente determinado assunto, para poder atuar profissionalmente em questões relativas a esse. A formação jurídica é uma das áreas desta vasta gama de conhecimentos. No Brasil, houve a necessidade do conhecimento jurídico, a partir do momento em que se iniciaram relações, principalmente comerciais, entre os indivíduos. Inicialmente tornou-se necessário, estudantes brasileiros buscarem formação em faculdades da Europa. Com o desenvolvimento econômico e social do Brasil, aumentou a necessidade de bacharéis em direito, fator que impulsionou a criação de faculdades de Direito. Com o decorrer dos anos, o número de faculdade de Direito no Brasil aumentou exponencialmente. Por muito tempo priorizou-se a quantidade em detrimento da qualidade, fator que colaborou significativamente para que a formação jurídica oferecida no âmbito acadêmico fosse de pouca qualidade e fundamentalmente tecnicista, caracterizada pelo repasse de conteúdos e pela pouca

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