Filme Vem Dançar

Análise do filme “Vem Dançar”

No filme Vem Dançar é perceptível que a dança não se resume apenas a uma atividade física para aquisição de habilidades ou apenas ao ensino de técnicas de movimentos para formar dançarinos, mas é uma ferramenta inestimável para a aprendizagem de valores necessários à vida em sociedade e para a formação da cidadania.
Saliente-se ainda que o professor de dança deve ter um perfil de orientador, além do entendimento de todas as estruturas que envolvem o ensino da mesma, ou seja, deve observar também o “indivíduo que dança” como um ser integrado, em todos os seus aspectos (social, cultural, afetivo, biológico, psicológico). E o protagonista Pierre Dulaine, vivido pelo ator Antonio Banderas utilizou essa forma diferente de ensinar e avaliar: por meio da dança fez os seus alunos acreditarem, aceitarem a si mesmos e as diferenças e semelhanças com o outro, além de considerar o conhecimento prévio de cada um, possibilitando o desenvolvimento da criatividade e da relação intrapessoal e interpessoal.
Um fator também considerável no filme é a questão da quebra de tabu, do receio à dança. Assim como o bailarino e professor Pierre possibilitou condições aos alunos (personagens do filme) para que elaborassem, criticassem e se apropriassem do conhecimento tornando a dança algo significativo em suas vidas, com essência, na vida real a dança pode levar o indivíduo a apropriar-se de suas dimensões espaço-temporais, de forma a se abrir para novos conhecimentos e novas formas de expressão, estabelecendo, assim, uma relação de respeito consigo mesmo, com os outros e com o ambiente onde está inserido.
Nessa perspectiva, o filme Vem dançar comprova que a dança não traz consigo apenas o valor físico, mas também valores morais, sociais, cognitivos e culturais. Além de ser um poderoso e importante instrumento de socialização, inclusão, servindo para auxiliar na formação e desenvolvimento do indivíduo pleno, consciente, responsável, crítico e