Oioioioiiiialtura de "Spartacus" podemos encontrar os vários escravos liderados pelo personagem do título a assumir a identidade deste, perante a ameaça de Crassus de crucificar o protagonista, prometendo salvaguardar a vida dos restantes rebeldes. Nenhum denunciou Spartacus e todos levantaram a sua voz, dizendo ser Spartacus, num momento de grande impacto emocional, revelador do carisma que o protagonista e os ideais de liberdade que defendia tinham nas suas pessoas, naquela que é uma das cenas mais icónicas do filme. "Spartacus" não nos faz gritar pelo nome do personagem interpretado por um magnífico Kirk Douglas, mas tem um dos seus maiores méritos na capacidade de nos compelir a querer seguir este personagem idealista e a acreditar no mesmo, desenvolvendo Spartacus com uma argúcia surpreendente, nunca sobrepondo os cenários grandiosos, as batalhas e o guarda-roupa elaborados ao desenvolvimento desta figura baseada num lendário personagem histórico. Embora Stanley Kubrick mais tarde tenha salientado que "Spartacus" foi o único trabalho onde não teve controlo total, nem por isso este épico grandioso na sua escala e ambição deixa de ser um trabalho de grande relevo, capaz de despertar emoções fortes e expor a intensa jornada do protagonista, um escravo que decide reunir os vários elementos deste grupo social na República de Roma e lutar contra o sistema corrupto e desigual, que os trata com condições desumanas. Kubrick nem foi a primeira opção para o filme produzido e protagonizado por Kirk Douglas, tendo sido seleccionado após David Lean recusar o projecto e Anthony Mann ter abandonado o mesmo uma semana depois do início das filmagens, algo