Spartacus (Kirk Douglas), um homem que nasceu escravo, labuta para o Império Romano enquanto sonha com o fim da escravidão. Apesar de não ter muito com o que sonhar, pois foi condenado morte por morder um guarda em uma mina na Líbia. Só que seu destino é mudado por um lanista (negociante e treinador de gladiadores), que o compra para ser treinado nas artes de combate e se tornar um gladiador. Até que um dia, dois poderosos patrícios chegam de Roma com suas esposas, que pedem para serem entretidas com dois combates até morte e Spartacus é escolhido para enfrentar um gladiador negro, que vence a luta mas se recusa a matar seu opositor, atirando seu tridente contra a tribuna onde estavam os romanos. Este nobre gesto custa a vida do gladiador negro e enfurece Spartacus de tal maneira que ele acaba liderando uma revolta de escravos, que atinge metade da Itália. Inicialmente as legiões romanas subestimaram seus adversários e foram todas massacradas, por homens que não queriam nada de Roma, além de sua própria liberdade. Até que, quando o Senado Romano toma consciência da gravidade da situação, decide reagir com todo o seu poderio militar.Entre jogos políticos, escravos revoltados e paixões sentidas, "Spartacus" surge como um épico grandioso na sua ambição e no seu resultado final, nunca descurando o factor humano, tendo ainda a coragem de nos mandar um soco no estômago com um final que já sabíamos, mas nem por isso deixamos de sentir. O mérito vai para o argumento de Trumbo, mas também para a interpretação de Kirk Douglas, como este escravo idealista, que luta pela liberdade e ama Varinia, com o actor a conseguir incutir o carisma necessário ao personagem, expondo as suas emoções e inquietações. Existe um momento particularmente marcante onde Spartacus dialoga com um pirata da Silésia, em que o protagonista expõe claramente as suas convicções e mostra as razões do rumo que a narrativa está a seguir: "O livre perde o prazer da vida. O escravo perde a dor da vida. A morte