Filme "Os Miseráveis" e o início do estudo da Sociologia da Comunicação
O filme Os Miseráveis é uma adaptação do musical de mesmo nome por Alain Boublil, Claude-Michel Schönberg e Herbert Kretzmer, por sua vez, baseada no livro Os Miseráveis, o romance francês de 1862 escrito por Victor Hugo.
A história se passa em plena Revolução Francesa do século XIX entre duas grandes batalhas: a Batalha de Waterloo e os motins de junho de 1832, época de grandes conflitos e transformações. Períodos em que os boatos, mais antigos meios de comunicação de massa, eram uma das principais formas de comunicação e que interfiram em comportamentos, positivos ou negativos, como será analisado abaixo, estando em negrito os principais exemplos.
Inicia-se o filme com o protagonista Jean Valjean, preso por ter roubado um pão para alimentar a sua irmã e que, por suas tentativas de fuga, teve sua pena permutada para trabalhos forçados nas galés até, que, depois de 19 anos, foi posto em liberdade. Depois de ter vagueado durante vários dias, numa noite, chega a Digne.
Digne era uma cidade pequena, na qual todos os cidadãos tinham conhecimento de que nela vivia um bispo, Myriel de Digne, muito bondoso. Nesse contexto, JeanValjean encontra uma mulher que lhe indica a casa do bispo para lhe dar guarida, o qual lhe deu o que comer e dormir. Após se alimentar e dormir um pouco, Jean fugiu, roubando talheres, porém foi encontrado mais tarde pelos policiais da região, para os quais informou que o próprio bispo havia lhe dado tais talheres e aqueles, não acreditando na palavra de Jean, levaram-no até a casa do bispo para ter uma confirmação. Chegando lá, o bispo confirmara que tinha dado de presente, isso para que ele não fosse preso novamente e ainda lhe deu um castiçal. Após esse fato, Jean Valjean foi embora de Dignes muito arrependido e tornou-se um homem provido de fé e que, com o castiçal, monta uma fábrica de imitação de azeviche inglês e de avelórios pretos da Alemanha, tornando-se um