Filme meninos da roça
O filme retrata uma cruel realidade que é o trabalho infantil. É passado na periferia da cidade de Campos (RJ), mostrando a vida na roça com a produção de cana de açúcar. O trabalho infantil representa uma alta porcentagem dos trabalhadores dentro da atividade açucareira, em torno de 30%. No Brasil a taxa é em média de 10%. As crianças param de estudar muito cedo e vão trabalhar para ajudar a sustentar a família, na grande maioria obrigadas pelos pais. Os meninos da roça reclamam do trabalho pesado, ficam fracos, doentes e muito machucados. Eles fazem o mesmo trabalho do que um adulto, com muito mais força, faz. Chegam a receber a mesma coisa, ou as vezes até mais. O grande problema é o fato não haver outra alternativa, pois se essas crianças não trabalharem para juntar dinheiro, podem acabar passando fome. Eles já consideram o trabalho infantil uma coisa normal, e é isso que precisa ser mudado. Enquanto alguns tem dinheiro e possibilidade de estudar, muitos passam por essa situação de miséria. Além dessa desigualdade social, ainda existe a exploração do trabalho, que é bem retratada no filme. As crianças não são só exploradas pelos donos da produção, como as vezes também são exploradas pelos próprios pais. As famílias vivem em uma situação bastante precária e decadente, passam por muitas dificuldades, sem roupa, sem comida e principalmente sem paz. No filme é possível visualizar bem como é o dia-a-dia das crianças, e os obstáculos pelos quais precisam passar. Todos os dias elas vão para o campo trabalhar debaixo do sol quente, desprotegidas, com seus facões, e assim vivem uma vida de gente grande. Quando finalmente os meninos da roça terminam seu trabalho diário, eles tem um curto tempo para brincarem como crianças e realmente se sentirem meninos, não