Roda de leitura - juiz de paz na roça
Diário de Leitura Literária
Obra: Juiz de Paz na Roça
Autor: Martins Pena
Sobre o Título: A primeira impressão que tive foi que seria uma obra muito interessante, gostei muito. O título é bastante atraente, o que despertou minha vontade de lê-lo, mas mesmo sendo atrativo não diz muito sobre a obra. Quando o olhei, tentei imaginar de todas as formas, como seria a história em si e na minha criativa imaginação, supus que se trataria de várias situações e conflitos que ocorreriam na zona rural, e que tinham com sua autoridade a intervenção de um juiz de paz.
Sobre o Livro:
Logo na capa do livro encontramos a figura de um homem, sua expressão deixa bem clara a atitude de um personagem de teatro. As cores, o aspecto do livro revela a real intenção do autor, de dar à capa certa noção do que há no livro. Observando outras obras de Martins Pena pude observar que o mesmo em suas obras gosta de explorar o povo comum da roça e das cidades. Em todas as suas obras imprimiu caráter brasileiro. Em geral ele produzia peças curtas e superficiais.
Sobre o texto:
Eu antes de iniciar a leitura nem pensara que se tratara de uma peça teatral, mais logo pude perceber isso. A obra se desenrola na zona rural e as cenas giram em torno de uma família da roça e de um juiz de paz. Ela retrata a simplicidade e a inocência da população da roça do Brasil no século XIX. O juiz de paz se vê a frente de casos inusitados, cômicos e despropositados e por ser um homem corrupto ele usa a autoridade e a inteligência para lidar com a absurda inocência daquele povo. O seu servo mais próximo é o escrivão que dá seguimento as suas ordens, sendo consequentemente e não intencionalmente corrupto. O juiz de paz é o símbolo de como funciona o poder judiciário no império brasileiro, especialmente na zona rural, basta lembrar que, durante o Império, o objetivo era a defesa da monarquia.
a) Lendo o livro começamos a reparar as astúcias do juiz de paz e percebemos as