O filme 1984 (Nineteen Eighty-Four) do diretor Michael Radford, que é baseado na obra de George Orwell, mostra, sob aspectos fictícios, o poder da comunicação, da mídia. O mundo está dividido em três grandes Estados: Eurásia, Lestásia e Oceania, que são comandados pelo Regime Ditatorial - do Partido IngSoc -, estando sempre em meio a guerras e batalhas. A trama se desenrola na Oceania, onde os personagens são vigiados 24 horas por dia pelo Grande Irmão, o Big Brother, que controla e oprime os moradores. Para que o regime de opressão e vigilância seja completo, o Regime cria uma língua nova, chamada de “novilíngua”. O sexo é proibido, com a intenção de fazer com que, juntamente com a Polícia do Pensamento, as pessoas percam a sua individualidade, assim, colaborando com os interesses políticos do Regime. Winston Smith é o personagem central, um funcionário do Ministério da Verdade, órgão que controla as notícias, (modificando as notícias para que atendam o desejo do Partido). Smith desenvolve sua indiferença pela sociedade e descobre-se apaixonado por Julia, sua parceira no filme. Acaba sendo descoberto durante um de seus encontros com sua amada e é preso, levado a sofrer lavagem cerebral, tortura física e psicológica, para que no final seja mais um que o Regime conseguiu dobrar e atender aos seus interesses. A obra de Orwell nada mais é que o exemplo do que os veículos de comunicação podem fazer com o seu público. A grande mídia tem o poder de devastar a vida das pessoas e de sociedades, basta saber o como. São programas de humor, novelas, filmes, que estão dentro da grade de programação para atrair as pessoas e que funciona da forma que os veículos de comunicação querem que funcione. A rotina do dia a dia já não tem mais importância: se alguma tarefa da casa não foi realizada a tempo pela mulher durante o dia, à noite ela irá assistir a (s) sua (s) novela (s) predileta (s), só para depois pensar na tarefa deixada de lado por causa da TV. O