Análise do filme “1984” de Micahel Radford utilizando como base teórica o livro “Era dos Extremos” de Eric Hobsbawm.
1899 palavras
8 páginas
Pontifícia Universidade Católica do Rio de JaneiroRAFAEL HOTZ AZEVEDO
Análise do filme “1984” de Micahel Radford utilizando como base teórica o livro “Era dos Extremos” de Eric Hobsbawm.
Trabalho acadêmico apresentado como requisito para obtenção de nota da Disciplina: Cinema e Política. PUC – Faculdade de Cinema.
Professor: Fernando Sá
Rio de Janeiro 2012
“O Grande Irmão cuida de você!”
“No nazismo, temos um fenômeno difícil de submeter-se à análise racional. Sob um líder que falava em tom apocalíptico de poder ou destruições mundiais, e um regime fundado numa ideologia absolutamente repulsiva [...], um dos países [...] mais avançados da Europa planejou a guerra, lançou uma conflagração mundial que matou cerca de 50 milhões de pessoas e perpetrou atrocidades [...]. Diante de Auschwitz, os poderes de explicação do historiador parecem deveras insignificantes” .
Segundo o Historiador Eric Hobsbawm, de todos os fatos que marcaram a Era das Catástrofes, os que mais chocaram os sobreviventes do século XIX foram os colapsos dos valores e instituições da civilização liberal. Entre o período correspondente ao início da Primeira Guerra Mundial e ao final da Segunda, observa-se a decadência do liberalismo e o avanço das doutrinas “totalitárias” os regimes fascistas, depois da chegada de Adolf Hitler ao poder na Alemanha, conseguiram se espalhar por grande parte do continente exceto na Grã-Bretanha, Finlândia, Estado Livre Irlandês, Suécia e Suíça, que permaneceram com instituições democráticas durante o período entre guerras. É certo que já existiam movimentos extremistas de ultradireita na Europa (nacionalistas, xenófobos, promotores da ideia de guerra, intolerantes, antidemocráticos e antissocialistas) antes da Primeira Guerra Mundial. Todavia, tais regimes não conseguiram dominar a política nacional num primeiro momento. Foi preciso haver a destruição de velhos regimes e das velhas classes dominantes, com seu maquinário de