Movimentos Sociais e luta pela cidadania
As lutas sociais deixam de visar apenas a subsistência passando a buscar também a consolidação dos direitos, na medida em que o capitalismo se firmou na sociedade. As lutas ocorrem através dos movimentos sociais, com o fim de construir uma cidadania coletiva.
Apesar das tentativas do Estado em garantir a promoção da cidadania, surgem organizações paralelas (como os movimentos sociais e ONGS) que buscam suprir as brechas deixadas pelo Estado. Desse modo os movimentos sociais são a expressão da sociedade civil, que reivindica, numa luta constante pela cidadania.
De acordo com Gohn (2007), as diferentes interpretações sobre movimento social decorrem de fatores como: mudanças nas ações coletivas da sociedade civil, no que se refere a seu conteúdo, suas práticas, formas de organização e bases sociais; mudanças nos na estrutura econômica e nas políticas estatais.
Desse modo podemos concluir que nem todo fenômeno social pode ser visto como movimento social. Movimentos sociais são ações coletivas de caráter sociopolítico, construídas por atores sociais de diferentes classes e camadas sociais (GOHN,2007).
Os movimentos se caracterizam por atuarem de forma explícita no ambiente político, e podem ser pacíficos (passeatas, atos públicos) ou em manifestações mais violentas e arbitrárias (ocupações, invasão de órgãos, conflitos armados).
Em sua organização os movimentos sociais estimulam o debate em torno das bandeiras de luta, questões de caráter geral, como direitos iguais,liberdade, democracia, qualidade de vida; assim como causas específicas, como a dos índios, mulheres, crianças, etc.
Os conceitos que retratam a história política dos movimentos populares no Brasil rumo à cidadania são a “libertação e hegemonia”.
Segundo Martins e Carvalho (1998), para que a cidadania se construa deve haver um equilíbrio entre o público e o privado, pois quando há o predomínio de um sobre o outro o processo torna-se inviável.
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