Filme: Crianças Invisiveis
O filme tem a intenção de retratar as diferentes realidades das crianças dos dias de hoje, isto é, como elas se tornam “pequenos adultos” antes da hora e acabam perdendo uma fase fundamental para todo ser humano: a infância. Problemas dos mais diversos tipos e a marca cruel em suas consciências por terem perdido a melhor época de suas vidas, são retratados por diretores de vários países.
Infelizmente, todos nós, adultos e adolescentes conscientes de nossos papéis sociais, sabemos que muitas vezes isso ocorre por necessidade, afinal de contas, nem todas as crianças nascem com liberdade de escolha e oportunidades. Muitas têm pais fugitivos da polícia e drogados, como os pais da personagem Blanca, por exemplo. E é justamente aí que, as tais “crianças invisíveis” olham para outras crianças e veem como é difícil não ter um tempo para brincar; não ter uma família com quem compartilhar suas alegrias.
Há histórias no filme que nos atingem mais profundamente e nos fazem sentir a dura realidade das diferentes raças de crianças retratadas no filme, como se estivéssemos no lugar delas, é o caso de “Song Song e Gatinha”, último curta de uma série de sete narrativas. As outras histórias mostradas são um pouco mais frias e distantes da realidade na qual vivemos, mas também têm semelhanças, como nas irregularidades, erros e problemas que eliminam a infância das crianças e as forçam a amadurecer antes da hora, ocasionando grandes sofrimentos e até mesmo traumas por não terem a vida de uma criança normal.
Oportunidade é o que essas crianças (fictícias e reais) querem hoje. Oportunidade de uma vida melhor e de serem pessoas boas. Como seria bom se todas as crianças pudessem ter apenas cicatrizes causadas por um simples tombo da árvore e não pela violência de uma garrafa quebrada em sua cabeça por seu próprio pai. Como