Filme crash
O preconceito racial se faz presente em diversos momentos, tais como o contra os negros, hispânicos e persas, sendo este último confundido com os árabes no enredo do filme. Porem, a manifestação de preconceito que mais me chamou atenção durante o filme foi do negro contra o próprio negro, sendo isso evidenciado nas falas de um dos ladrões de veículos e do investigador de policia. O ladrão indignado com o preconceito sofrido acaba por avaliar de forma exarcebada ações as quais ele considera formas de preconceito, porem, o mesmo acaba por inferiorizar a sua raça, agindo de forma ilegal e materializando o perfil a qual ele mesmo considera preconceituoso (todo negro é ladrão). Por outro lado, o investigador de policia, apesar de bem sucedido, abandona a família de origem pobre e vangloria-se em ter mantido relações com uma considerada branca.
O filme mostra que a criação de um pré-conceito é ariscado. Julgar as pessoas somente pela raça, credo ou nível social e inconcebível. O chaveiro, um individuo de origem hispânica, foi considerado um gangster pela personagem de Sandra Bullock e pelo comerciante persa, porem, ele na verdade é um individuo trabalhador, que trabalha a todo o momento para sustentar a sua esposa e sua filha, e se mostra um pai afetuoso, cuidando da filha de forma belíssima, pois, por viverem em um ambiente violento, a filha teme as balas perdidas.
O filme também mostra que toda ação tem sua reação, como ficou explicito na ação do policial, que assediou uma mulher e em outro momento a salvou de uma acidente