Filme: como estrelas na terra toda criança é especial.
O filme tem início no cotidiano escolar e doméstico desse garotinho feliz, de 8 anos de idade.
O contraste de tempos vai então sendo enfocada de diversas formas, em vários momentos e situações.
Em uma das muitas cenas de sala de aula, em vez de se atentar ao conteúdo das matérias, Ishaan busca alguma salvação na janela, contemplando a forma como os pneus das bicicletas passam em uma poça d’água barrenta. Logo, obviamente, recebe a bronca esperada, que é acompanhada de humilhações, ou pelos outros alunos, que se divertem à custa do coleguinha, ou pelos próprios professores, que ignoram as muitas dificuldades de aprendizagem de Ishaan, qualificando-o de engraçadinho, sem-vergonha, preguiçoso entre outros. Em casa, temos mais do mesmo: em contraste com a organização de tempo do filho problemático, pai, mãe e irmão seguem o script de uma vida produtiva.
O Ishaan demora a acordar,mas não há tempo para isso. A mãe-produtiva, que lhe dedica cuidados mecânicos, tem como tarefa, apressá-lo e adaptá-lo para a vida real, do trabalho, do horário a cumprir.
Como se não bastasse, ela também acompanha o filho na lição de casa, apenas e tão somente para destacar seus erros, com irritação e desesperança ,com a falta de capricho e empenho do filho
O pai, que, depois de uma reunião com os na escola, em que o fracasso do filho é reafirmado ele decide mandá-lo para um colégio interno, afastá-lo da família como castigo por não ter se esforçado.
Tem início então um segundo momento da vida desse menino, toda a sua vivacidade, o sorriso malandro, a alegria de criança, a curiosidade e fascinação pelas cores e movimentos das ruas, que depois reproduzia em desenhos e pinturas belíssimos, são substituídos pela tristeza do abandono, pela decepção, em especial com a atitude da mãe, que, embora não concorde com a ideia da separação, submete-se ao marido.
O lema da “nova” escola, entoado com orgulho pelo corpo técnico, é: