Filme AMOUR

INTRODUÇÃO
Devido o crescente aumento de pessoas que aguardam, nas filas de espera, por um órgão para transplante e a escassez de órgãos disponíveis, é de grande importância discutir aspectos éticos e humanos envolvidos na abordagem ao familiar do potencial doador.
Nosso objetivo é aprofundar o tema, fazendo com que mais pessoas tomem conhecimento sobre um trabalho tão importante, que salva muitas vidas.

"Elas são acusados de torcer pela morte de quem luta para sobreviver. Monitoram UTIs atrás de pacientes com risco de parada cerebral, encaram famílias em luto, médicos frustrados e uma árdua corrida contra o tempo. Para a equipe de enfermagem que busca doadores de órgãos nos principais hospitais do país só há uma certeza: a de que, para salvar uma vida, outra tem de ir embora. Esses profissionais, na maioria mulheres, sabem que muitos dos 38 mil brasileiros que estão na fila de espera de transplantes dependem do trabalho deles" -Trecho da reportagem.

REFERÊNCIAL TEÓRICO
O trabalho do enfermeiro na Unidade de Captação de Órgãos volta-se para o corpo individual, porém ligado a todo um universo, apontando para um aspecto complexo do cuidar em enfermagem, enfrentar a falência física, a degradação e a perda da integridade humana, no momento onde seus cuidados são válidos para a manutenção da vida, agora já focalizada no outro (ANTONUCCI, R. B., et al, 2009).

O enfermeiro da captação de órgãos vê-se diante de um dilema ao cuidar de uma pessoa morta que, ao mesmo tempo, possibilita a vida. Uma pesquisa revelou que 62,4% dos enfermeiros intensivistas caracterizam a morte como um fato natural, profissionalmente, porém, ao pensar em sua própria morte, só 5,7% consideram-na natural, demonstrando a contradição entre o significado da morte na dimensão pessoal e profissional (LIMA, A. A. F., 2011).
Este profissional reconhece que a doação de órgãos é um ato de solidariedade, contudo vivencia a dor da perda dos familiares, e admira-se que, apesar do sofrimento,