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Vander Bruno dos Santos
Zootecnista, PqC do Pólo Regional Alta Sorocabana vander@aptaregional.sp.gov.br Introdução
O avanço da tilapicultura no mundo inteiro está levando a uma intensificação dos cultivos, provocado principalmente pela realidade da diminuição das custosas capturas marinhas e da maior procura pelo pescado devido às qualidades saudáveis dessa carne. Um dos sintomas dessa intensificação é a busca por linhagens de desempenho superior. Várias linhagens de tilápia nilótica (Oreochromis niloticus) têm surgido no mundo, dentre estas a
Tailandesa ou Chitralada, a Genomar Supreme e a Vermelha vêm merecendo especial atenção devido ao seu comportamento dócil e elevado potencial de produção.
Vários fatores devem ser considerados na escolha da linhagem de tilápia a ser cultivada, tais como: adaptabilidade e tolerância a diferentes ambientes; facilidade de reprodução em cativeiro; elevada taxa de crescimento; característica da carcaça e de carne compatível com as exigências da indústria de processamento e do consumidor final.
A tilápia está amplamente distribuída pelo território brasileiro e é criada nos mais diversos sistemas de produção. A intensificação da produção desta espécie no Brasil e o estabelecimento pelo Ministério da Agricultura de um programa de desenvolvimento da cadeia produtiva, principalmente para combater a importação de pescado, têm demandado pesquisas das linhagens geneticamente melhoradas, criadas em nossos ambientes.
Características da Espécie
Segundo Popma & Masser (1999), “tilápia” é o nome genérico de um grupo de ciclídeos endêmicos da África. O grupo consiste em três gêneros importantes para a aquacultura –
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Oreochromis, Sarotherodon e Tilapia. Os nomes científicos das espécies de tilápias têm sido muito revisados nos últimos 30 anos, criando algumas confusões. O nome científico da tilápia do Nilo tem sido dado comoTilapia nilotica,