Figuras De Linguagem
Prof. Marcelo Lopes
Figuras de som
Brincando com as palavras
aliteração:
consiste
na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.
Função: dar ritmo e imitar sons
“Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.”
(Cruz e Souza)
assonância:
consiste
na repetição ordenada de sons vocálicos idênticos.
Função: cadência e ritmo
“Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrático do litoral.”
paronomásia:
consiste
na aproximação de palavras de sons parecidos, mas de significados distintos. “Berro pelo aterro pelo desterro berro por seu berro pelo seu erro quero que você ganhe que você me apanhe sou o seu bezerro gritando mamãe.”
Figuras de construção
Sintaxe poética
elipse:
consiste
na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.
“Na sala, apenas quatro ou cinco convidados.” (omissão de havia, estavam, ficaram...)
zeugma:
consiste
na elipse de um termo que já apareceu antes.
Ele prefere cinema; eu, teatro. (omissão de prefiro) Obs.: A Elipse difere do Zeugma porque neste o elemento que falta é único enquanto que naquela, mais expressiva, a interpretação é do leitor.
polissíndeto:
consiste
na repetição de conectivos ligando termos da oração ou elementos do período.
Função: dar movimento, descrição cinematográfica “ E sob as ondas ritmadas e sob as nuvens e os ventos e sob as pontes e sob o sarcasmo e sob a gosma e sob o vômito (...)”
Assíndeto
Ao
contrário do Polissíndeto, é a ausência total do conectivo.
Função: transmitir a ideia de rapidez, força e insistência energética. "Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátrias, tendes tectos“
Obs: Muitas vezes o assíndeto e o polissíndeto vêm para construir gradações.
inversão:
consiste
na mudança da ordem natural dos termos na frase para que o verso se encaixe no ritmo do poema além de estimular a reflexão sobre o fazer poético.