Figuras de estilo
Exemplo:
“Fogem fluindo à fina-flor dos fenos.” (Eugénio de Castro)
“Na messe, que enlourece, estremece a quermesse.” (Eugénio de Castro) Assonância – Repetição de sons vocálicos.
Exemplo:
“Sino de Belém, pelos que inda vêm!
Sino de Belém bate bem-bem-bem.
Sino da Paixão, pelos que lá vão!
Sino da Paixão bate bão-bão-bão.”
(Manuel Bandeira, Poesia Completa e Prosa) Onomatopeia – Conjunto de sons que reproduzem ruídos do mundo físico. Este conjunto de sons pode formar palavras com sentido (palavras onomatopaicas).
Exemplo:
“Bramindo o negro mar de longe brada.” (Camões) Anáfora – Repetição de uma ou mais palavras no início de verso ou de período.
Exemplo:
“Toda a manhã/fui a flor/impaciente/por abrir. /Toda a manhã/fui ardor/do sol/no teu telhado. “ (Eugénio de Andrade)
“É brando o dia, brando o vento.
É brando o Sol e brando o céu.” (Fernando Pessoa) Assíndeto – Supressão das partículas de ligação (vírgula, virgula,)
Exemplo:
“Quero perder-me neste Pisão, nesta Pereira, neste Desterro.” (Vitorino Nemésio)
“Eu hoje estou cruel, frenético, exigente.” (Cesário Verde) Polissíndeto – Repetição dos elementos de ligação entre palavras.
Exemplo:
“Aqui e no pátio e na rua e no vapor e no comboio e no jardim e onde quer que nos encontremos.” (Sebastião da Gama)
“E crescer e saber e ser e haver
E perder e sofrer e ter terror.” (Vinicius de Morais) Anástrofe – Inversão da ordem directa das palavras.
Exemplo:
“Tirar Inês ao mundo determina.” (Camões) Hipérbato – Inversão violenta da ordem dos elementos na frase.
Exemplo:
“Casos/Duros que Adamastor contou futuros.” (Camões)
“Estas sentenças tais o velho honrado Vociferando estava.” (Camões) Paralelismo ou simetria – Repetição do esquema ou construção da frase ou do verso.
Exemplo:
“Meu amor! Meu amante! Meu amigo!” (Florbela Espanca) “E agora José? A festa acabou/a apagou/o povo sumiu/a noite