Figura feminina na obra- o cortiço
As relações entre homens e mulheres, ao longo dos séculos, mantém caráter excludente, no Naturalismo a mulher deixa de ser idealizada como no Romantismo e passa a ser representada de forma real, com suas implicações e defeitos, e até mesmo de forma exagerada, e trabalhada psicologicamente, pois essas são marcas do Naturalismo, até mesmo de forma patológica ela é representada, além de animalesca.
Assim como as demais personagens as mulheres têm traços patológicos, apresentam desvios; em O cortiço há o lesbianismo, a sensualidade, adultério etc., tudo isso representado na figura da mulher.
No naturalismo e em O cortiço, podem-se notar também os tipos de mulheres:
Ocorre dessa forma a presença da mulher no Naturalismo, com a narrativa lenta ela é aos poucos caracterizada da forma citada acima.
Azevedo apresenta nas duas personagens supra ditas, as suas representações, através delas, mostra suas contradições e exageros próprios do Naturalismo, Coutinho, conceitua o naturalismo da seguinte forma: "É o Realismo fortalecido por uma teoria peculiar, de cunho científico, uma visão materialista do homem, da vida e da sociedade”, (COUTINHO,2002 p.11).Bertoleza com seu comportamento de total submissão ao "seu dono" João Romão, mostra também, como já citamos elementos da estética naturalista, e ao interesse do autor em defender a teoria do Determinismo "o homem é um animal, presa de forças fatais e superiores (...)" (COUTINHO, 2002 p.12),
Acredita-se firmemente no determinismo acreditando que o meio, raça e momento histórico determinam o ser - humano tal teoria explicaria os comportamentos das personagens aqui estudadas, O cortiço, por se tratar de um lugar onde não há condições descentes de sobrevivência, determinaria o SER de Bertoleza.Negra e mulher, por isso, determinada racialmente e, além