Descricão feminina no romance
- De que maneira a descrição feminina se insere no fragmento?
- Como a descrição feminina se organiza dentro do fragmento?
- Qual a função da descrição feminina no fragmento?
Na base da estética naturalista de Aluízio de Azevedo, estão repletos de fatos quotidianos feminino desenvolvidos diretamente por habitações populares, os cortiços. O autor procura destacar o comportamento e o modo de vida de algumas personagens quanto as condições socioeconômicas do universo feminino da época.
Sua narrativa preocupa-se com a época e os conflitos que interessam à sociedade, caracterizando o ambiente narrativo, sobretudo pelas camadas menos favorecidas, tendo como destaque a figura feminina, abordadas sempre no contexto social contribuinte no processo histórico.
Dentro do fragmento estudado, a descrição feminina ocorre a partir de uma perspectiva visual . Esta perspectiva visual ocorre através de um foco narrativo de um narrador observador que consegue ter acesso a perspectiva visual do personagem mostrando as impressões de Jerônimo em relação ao comportamento da personagem Rita Baiana, encontramos esta afirmação na passagem no capítulo VII pg 90. “Naquela mulata estava o grande mistério, a síntese das impressões que ele recebeu chegando aqui: ela era a luz ardente do meio-dia; ela era o calor vermelho das sestas da fazenda; era o aroma quente dos trevos e das baunilhas, que o atordoara nas matas brasileiras.”
Podemos observar que a descrição se insere a partir das observações do narrador, que narra os fatos limitando-se apenas em apresentar as impressões do personagem com uma certa neutralidade , não participando das ações.
As descrições se organizam, dentro do espaço geográfico O cortiço, onde Rita baiana é apresentada como uma personagem estereotipada da época. Era uma mulata envolvente e sensual, que vivia amasiada e gostava de ter sua própria liberdade. Sua sensualidade era uma característica marcada em toda obra, ela era um