Figado
Embora tenha uma capacidade extraordinária de recuperação, certas doenças provocam insuficiência hepática aguda ou crônica grave que podem levar ao óbito. Nesses casos, o único recurso terapêutico é a substituição do fígado doente por um fígado sadio retirado de um doador compatível com morte cerebral ou de um doador vivo que aceite doar parte de seu órgão para ser transplantado.
Existem duas modalidades principais de transplante de fígado: usando o fígado de um doador em morte encefálica ou parte do fígado de um doador vivo.
No primeiro caso, depois de obter a autorização da família para utilizar o órgão, uma equipe especializada retira o fígado, que é preservado em soluções especiais a quatro graus centígrados e transportado para o hospital onde será transplantado no receptor doente indicado pela Secretaria de Saúde.
A colocação envolve suturas nas principais vias sanguíneas que passam pelo fígado (veia cava, veia porta e artéria hepática) e o restabelecimento do fluxo da bile, que é produzida no fígado e lançada no intestino.
O transplante de fígado de cadáver, que pressupõe apenas a cirurgia do receptor, em média, leva de 6 a 8 horas, mas pode chegar a dez, doze horas, às vezes. Atualmente, essa técnica está bem padronizada e controlada, e é raro os receptores necessitarem de muito sangue.
Já o transplante intervivos é um procedimento mais demorado. Leva de 10 a 12 horas porque, além da hepatectomia (retirada) de parte do fígado do doador vivo, da hepactetomia do receptor e da colocação do fígado sadio no lugar do fígado doente, a técnica envolve a utilização de microcirugia, tendo em vista que os vasos sanguíneos são muito finos.
Em adultos as doenças que comumente levam ao Transplante de Fígado são:
Cirrose hepática: frequentemente causada por vírus da hepatite C ou