Fichamento
As últimas décadas do Império foram marcadas pela necessidade de educar a classe popular, sendo a instrução uma forma de controlar o povo e indicar os caminhos a seguir. As primeiras escolas funcionavam nas casas dos professores, sem as acomodações necessárias. A vigilância a esses professores sempre esteve presente em todo o país, tendo estes a todo o momento de comprovar sua índole dentro e fora da sala de aula. Com a criação das Escolas Normais, além de receberem uma formação para o exercício de sua profissão, os docentes passaram a ser titulados de professores do ensino primário.
A instrução seria uma maneira de acabar com o atraso politico do país, pois através dela o povo não iria aprender apenas a ler e escrever, mas adquiria também ensinamentos de moral, bons costumes e da doutrina cristã. Seria uma forma de trazer os conhecimentos do mundo sem se afastar dos ensinamentos proferidos pela igreja.
A instrução era uma maneira de propagar os princípios e costumes para que não se perdesse com o passar dos anos. Ou seja, seria um modo de civilizar o povo, já que através dela seria dada a base para preservar os princípios da moral e dos bons costumes, estabelecendo os meios de manter a ordem na sociedade, podendo assim atingir-se o tão sonhado progresso.
A “ignorância”, a falta de instrução “de muitos”[classe popular] era o que acabava por inviabilizar o progresso do país. De acordo com o discurso de José Cesario de Miranda de Barros, em seu relatório de 1888 (p.8), essa falta de instrução era uma dos principais motivos que levavam muitas “indústrias” à decadência, chegando ao ponto de passar essa “ignorância” por diversas gerações.
Apesar da importância atribuída a instrução pública,