Fichamento
Fontes Históricas nativas da Mesoamérica e Andes. Conjuntos e problemas de entendimento e interpretação.
“Em tempos coloniais, além da continuidade decrescente da produção de representações figurativas e de registros escritos e numérico-categóricos, a participação de indígenas em instituições de origem européia – como os cabildos e as missões religiosas – possibilitou que uma quantidade copiosa de escritos alfabéticos fosse diretamente confeccionada por eles”. (SANTOS, P.02).
“Essa proposta não é totalmente inovadora, pois, como mencionamos, ela coincide e se baseia parcialmente em propostas presentes em outras obras. No entanto, talvez ela contribua para colocar em contato tipos de fontes que, embora possuam muitos elementos em comum, tais como a temática ou a produção e uso por um mesmo estrato social, vêm sendo analisados separadamente por estudiosos de diferentes áreas”. (SANTOS, P.03).
“Apesar disso, não se trata de propor que esses registros figurativos fossem alvos de leituras “livres”. Como em qualquer sociedade, no caso dos povos andinos e mesoamericanos, o universo visual possuía condicionantes que direcionavam seus entendimentos e usos, constituídos, principalmente, por um grande repertório de significados e pelas situações históricas concretas e cambiantes em que as imagens eram empregadas”. (SANTOS, P.04).
“Entre as representações figurativas andinas pré-hispânicas, há algumas séries ou tipos de imagens que apresentam de maneira mais explícita essa índole narrativa. É o caso, por exemplo, da série formada pelos relevos em pedra do mosaico megalítico de Cerro Sechín (1200 a.C.), os quais representariam uma procissão que intercalaria homens armados com esquartejados, mas cujo vínculo ou relação entre as cenas é de difícil estabelecimento. Além dessas séries, há referências coloniais sobre a existência de outros conjuntos de representações narrativas”. (SANTOS, P.05).
“No caso da Mesoamérica, também temos um conjunto