Fichamento

Universidade Federal de Juiz de Fora
Instituto de Ciências Humanas
Departamento de Geociências
Curso de Geografia

Fichamento do Texto: Paisagem – Marcelo Lopes de Souza

Lucas Rocha do Carmo

Juiz de Fora
2014
“Se tomarmos um dos livros que, a partir do começo da década de 1980, foram dedicados por ‘geógrafos físicos’ e biólogos ao campo chamado de ‘Ecologia da Paisagem’ (landscape ecology), verificaremos que a ‘paisagem’ (landscape) é definida de modo tão abrangente que, no fundo, praticamente se torna um sinônimo de ‘espaço geográfico’ (visto através das lentes de cientistas naturais e engenheiros, bem entendido) ou, simplesmente, de ‘área’.” (pg. 43)

“Landschaft, que vai ou pode ir além da face visível do espaço e, com isso, simplesmente designar uma porção da superfície da Terra sem estar excessivamente amarrada ao aspecto visual, acabou, de maneira não muito frutífera (como foi avaliado após a Segunda Guerra, já nos estertores da Geografia tradicional), servindo quase que como um conceito-chave para a Geografia alemã, conceito esse integrador e ‘onívoro’.” (pg. 45)
“A ideia de paisagem nos remete, incialmente, não à ciência, mas sim à pintura, mais especificamente à pintura da Renascença na Itália e, principalmente, em Flandres.” (pg. 46)
“A paisagem é uma forma, uma aparência. O conteúdo ‘por trás’ da paisagem pode estar em consonância ou em contradição com essa forma e com o que ela, por habito ou ideologia, nos ‘sugere’.” (pg. 46)
“Pesquisadores de figurino marxista têm, volta e meia, a partir das décadas de 1970 e 1980, ressaltado o problema da contradição ou descompasso entre aparência e essência.” (pg. 47)
“Resumindo as contribuições de vários autores, Wylie registra, por fim, que ‘a paisagem atua no sentido de naturalizar, estabilizar e tornar aparentemente universais relações sociais e econômicas que são contingentes.” (pg. 47)
“Richard Hartshorne,