Fichamento o espaço estático da antiga roma
ZEVI, Bruno. O espaço estático da antiga Roma. In: ZEVI, Bruno. Saber ver a arquitetura. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2009. 6ª edição. p. 67 - 70
O espaço estático da antiga Roma
''O Partenon é obra não-arquitetônica, mas nem por isso deixa de ser uma obra-prima artística, e nem se tratando de história da escultura podemos afirmar que quem não gosta do Partenon não possui sensibilidade estética.'' (p.67)
''Passando para a arquitetura romana, observamos muitas reconstruções de monumentos do Império e imaginamos o espaço e o gosto dos foros como deviam ser; baseados nisso, poderíamos até concluir que muitos edifícios romanos não eram obras de arte, mas nunca poderemos afirmar que não eram arquitetura'' (p.67)
''A pluriformidade do programa romano no que diz respeito à cosntrução, que se opõe nitidamente ao tema unívoco da arquitetura grega, a sua escala monumental, a nova técnica construtiva dos arcos e das abóbadas que reduz colunas e arquitraves a motivos decorativos, o sentido dos grandes volumes nos reservatórios, nos túmulos, nos aquedutos, nos arcos, as poderosas concepções espaciais das basílicas e das termas, uma consciência altamente cenográfica, uma fecundidade inventiva que faz da arquitetura romana - desde o Tabularium ao Palácio de Diocleciano em Spalato - uma enciclopédia morfológica da arquitetura (...) '' (p.67 - 68)
A diretriz humana do espaço cristão
''Na enciclopédia da arquitetura helenística e romana, os cristãos tiveram de escolher as formas para o seu templo, e, alheios tanto à autonomia contemplativa grega como à cenografia romana, no fundo, selecionaram o que havia de vital para eles em ambas as experiências; reuniram assim na igreja a escala humana dos gregos e a consciência do espaço interior romano.'' (p.70)
''A igreja cristã não é o edifício misterioso que guarda o simulacro de um deus; em certo sentido, tampouco é a casa de Deus mas o lugar de reunião, de comunhão e de oração dos fiéis.'' (p.70)