Fichamento - o aprendizado da leitura

FICHAMENTO

Referência: KATO, Mary. O aprendizado da leitura. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1995. (Capítulo 3).

Na leitura proficiente as palavras são lidas como um todo, ou seja, por reconhecimento instantâneo; assim como podem ser compreendidas apenas pela leitura de uma parte e não na sua totalidade, como também por segmentos maiores – blocos.
O processo de análise sintática da palavra em unidades menores só será usado para itens estranhos ao vocabulário do leitor. Para o leitor iniciante, ainda com seu vocabulário visual muito limitado, a apreensão do significado acontece pela decodificação das palavras auditivamente familiares. As operações de decomposição e composição envolvem também um reconhecimento visual instantâneo, porém parcial, da palavra, como por exemplo: “-mente” – igualmente, rapidamente, etc.
O leitor proficiente, mesmo não conhecendo visual e auditivamente determinada palavra, consegue lê-la apenas com o conhecimento de regras fonotático-ortográficas.
Para Goodman, o ato de ler é como um “jogo psicolinguístico de adivinhação”, se o leitor não fizer uso do conhecimento de algumas restrições, as pistas confirmadoras ou antecipações, poderão permitir que ocorram acréscimos ou substituições. Muitas dificuldades de leitura são atribuídas ao uso excessivo de adivinhações, esse uso está relacionado à dois processos: TOP-DOWN (da macro para microestrutura) ou seja, de uma frase, parágrafo ou mesmo o texto todo para uma palavra, e o BOTTOM-UP (da micro para macroestrutura), sendo da significação e interpretação da palavra para o parágrafo, ou mesmo o texto como um todo.
Um leitor proficiente, não lê palavra por palavra, mas sim por blocos, que constituem unidades de informação, podendo uma palavra ser sozinha tal tipo de unidade, como por exemplo: FOGO! A palavra traz consigo toda informação.
A leitura eficiente é produto de três processos distintos, no primeiro processo, cada bloco seria analisado através do conhecimento de regras