Fichamento: a interdisciplinaridade como um movimento articulador no processo ensino-aprendizagem
A interdisciplinaridade vem sendo discutida através de dois pontos de vista, o epistemológico e pedagógico. O primeiro abarca a produção, reconstrução e socialização; método de mediação e ciência; e seus paradigmas, já o pedagógico abarca questões de ensino e aprendizagem no âmbito escolar.
A abordagem interdisciplinar compreende não só a área da educação, mas também setores da vida social, como a politica, tecnologia e a econômica.
No campo educativo a interdisciplinaridade vem sendo discutida por inúmeros autores, sendo que a finalidade do tema é conceitual a todos.
“Ela busca responder à necessidade de superação da visão fragmentada nos processos de produção e socialização do conhecimento. Trata-se de um movimento que caminha para novas formas de organização do conhecimento ou para um novo sistema de sua produção, difusão e transferência”. (GIBBONS, Michael 1997).
Neste artigo o foco principal de reflexão é o papel da interdisciplinaridade no processo de ensino e aprendizagem da educação formal. Procurando unir os enfoques pedagógicos e epistemológicos, seus avanços, limitações e consensos.
A interdisciplinaridade teve origem na segunda metade do século XX, devido a uma necessidade detectada nos campos das ciências humanas e na educação.
Como um movimento contemporâneo, a interdisciplinaridade surge na perspectiva da “dialogicidade” e da integração das ciências e do conhecimento, que procura quebrar o caráter de “hiperespecialização” e a fragmentação dos saberes.
Para Goldman (1979), uma visão interdisciplinar nos possibilita uma melhor compreensão entre o todo e cada uma de suas partes. Parte deste problema de fragmentação do conhecimento foi solucionada quando se colocou a historicidade e as leis do movimento dialético da realidade como base para todas as ciências.
Voltado para a pedagogia, Georges Gusdorf produziu na década de 1960 um projeto