Fichamento “teatro das sombras: a política imperial”. josé murilo de carvalho
O Rei e os Barões
* “Do processo de geração mútua entre Estado e elite, resultou [...] alguns dos traços marcantes do sistema político imperial, como sejam a monarquia, a unidade, a centralização, a baixa representatividade” (11) * “A elite produzida pelo Estado foi eficiente na tarefa de fortalecê-lo, particularmente em sua capacidade de controle da sociedade. Ela foi eficiente em atingir o objetivo de construção da ordem [...], parafraseando Marx, [...] acumulação primitiva de poder” (11) * “[...] no regresso conservador de 1837, quando incertezas e turbulências da Regência começaram a dar lugar a um esboço de sistema de dominação mais sólido, centrado na aliança entre, de um lado, o rei e a alta magistratura, e, de outro, o grande comercio e a grande propriedade [...]” (11) * “O processo enraizamento social da monarquia, de legitimação da Coroa perante as forças dominantes do país, foi difícil e complexo” (11) * “A primeira onde de revoltas traduziu a inquietação da população urbana nas principais capitais e teve como protagonistas tropa e povo” (12)
Primeira Onda de Revoltas
* “[...] três levante se deram de 1831 e 1832. Na Setembrizada de 1831, tropa, povo e escravos tomaram conta da cidade e só foram derrotados quando o governo apelou para o auxílio das milícias e de civis [...]” (12) * “Revolta [...] dos malês em 1835 em Salvador [...] culminou uma sequência de rebeliões escravas [...] a revolta foi rapidamente controlada, mas revelou perigosa capacidade de organização entre escravos e libertos [...] mulçumana. [...] A revolta dos malês foi a única na época de alguma importância que teve a liderança de escravos. Em várias outras houve a participação de escravos mas em aliança com alguns grupos [...]. Havia grande cuidado em não envolver escravos em revoltas. [...] a revolta dos malês serviu para dar