Fichamento - SUMMERSON, John. A Linguagem Clássica da Arquitetura.
Considerado um dos principais escritores de arquitetura do século XX, John Summerson escreveu muitos livros e exerceu influencia principalmente na Inglaterra, onde seus “manuais” especializados converteram o que era um hobby em um departamento acadêmico de suma importância: a arquitetura.Uma de suas obras que refletem essa sua preocupação em retomar a historia para inventar uma nova arquitetura é o livro A Linguagem Clássica da Arquitetura, que analisa como gregos e romanos resolvera o espaço aliando crenças, valores estéticos e necessidades construtivas.
Summerson inicia seu livro afirmando que a arquitetura é uma forma de linguagem, e sua vertente clássica (espécie de gramática da antiguidade), se não compreendida profundamente, deve, segundo o autor, ao menos ser reconhecida. Seu legado original continua expresso no que restou de suas raízes antigas: a arquitetura religiosa grega e a militar e civil romana. A análise inicial –e superficial- para identificar um edifício clássico são seus elementos decorativos, tais como colunas, frontões e ornamentos. Em seguida, é preciso aprofundar-se observando suas proporções e interações entre suas partes, visto que o classicismo buscava sempre alcançar a harmonia inteligível. Talvez aí esteja a essência do clássico, mas seu reconhecimento de fato se dá quando se faz menção às ordens. Na renascença, se tornaram expressão da sutileza e sabedoria antiga na arte de construir. Descritas primeiramente por Vitrúvio, no século I, às ordens foram associadas a um caráter canônico e simbólico quinze séculos depois, por Sebastião Serlio. Seus livros ilustrados, que estabeleciam proporções e perfis para cada ordem, tornaram-se como um manual clássico, mas refletiam uma interpretação pessoal, visto que as ordens por si só não possuíam modelos definidos e variavam muito dentro de si mesmas. Quanto a origem da ordem dórica, Vitrúvio supõe