FICHAMENTO Os anos 60: contexto para mudanças disciplinares
Capítulo 1
Os anos 60: contexto para mudanças disciplinares
A década de 60 via surgir às primeiras críticas e protestos generalizados sobre a qualidade do ambiente urbano que vinha sendo produzido, tanto pelo poder publico quanto pela iniciativa privada. Criticava-se tanto o impacto dos empreendimentos sobre o meio ambiente e a vida das comunidades quanto à própria qualidade dos espaços urbanos e da arquitetura. Essas críticas surgiram, principalmente, da população afetada, além de pesquisadores e acadêmicos de ponta e da imprensa em geral. (pág. 19)
Vamos destacar as cinco questões básicas na origem dos debates e que, no nosso entender, passariam a caracterizar a produção de conhecimento dos anos 60 e 70, como um pensar das formas de como o próprio desenvolvimento vinha ocorrendo até então, num primeiro momento, nos países do chamado Primeiro Mundo. Claro está que este “repensar humanístico” deu-se, podemos dizer, em paralelo e independente ao desenvolvimento normal de campos de conhecimento ditos “científicos”, como a própria informática. Isto levaria as novas ideologias, novas posturas e valores, fortalecendo, inclusive, as Ciências Sociais com enfoques mais “pé no chão”, como a microeconomia e a educação básica. Até mesmo novas disciplinas e campos de conhecimento viriam a ser abertos, facilitando o aparecimento de novas profissões. (pág. 19)
Intervenções Públicas e Renovação Urbana
Foi nos anos 60 que, pela primeira vez, intensas e violentas ondas de protestos enfrentavam as intervenções urbanísticas e os programas de renovação urbana das grandes cidades. Essas políticas públicas haviam sido iniciadas, ou tomado corpo, a partir da II Grande Guerra Mundial e visavam a reposição completa de grandes áreas do tecido urbano consolidado, principalmente aquelas dos antigos centros que, se não haviam sido bombardeados, eram considerados “deteriorados” ou em decadência. (pág. 19)
Em muitos casos, aqueles de áreas grandemente afetadas pela