Fichamento Marxismo e Filosofia da Linguagem
BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e Filosofia da Linguagem. 12. ed. São Paulo: Hucitec, 2006.
“De um ponto de vista realmente objetivo, percebendo a língua de um modo completamente diferente daquele como ela apareceria para um certo indivíduo, num dado momento do tempo, a língua apresenta-se como uma corrente evolutiva ininterrupta.” (p.83)
“O sistema sincrônico da língua só existe do ponto de vista da consciência subjetiva do locutor de uma dada comunidade lingüística num dado momento da história.” (p.84)
“(...)exprime-se uma relação perfeitamente objetiva quando se diz que a língua constitui, relativamente à consciência individual, um sistema de normas imutáveis, que este é o modo de existência da língua para todo membro de uma comunidade lingüística dada.” (p.84)
“O sistema lingüístico é o produto de uma reflexão sobre a língua, reflexão que não procede da consciência do locutor nativo e que não serve aos propósitos imediatos da comunicação.” (p.85)
“(...) o elemento que torna a forma lingüística um signo não é sua identidade como sinal, mas sua mobilidade específica; da mesma forma que aquilo que constitui a descodificação da forma lingüística não é o reconhecimento do sinal, mas a compreensão da palavra no seu sentido particular, isto é, a apreensão da orientação que é conferida à palavra por um contexto e uma situação precisos, uma orientação no sentido da evolução e não do imobilismo.” (p.87)
“A palavra está sempre carregada de um conteúdo ou de um sentido ideológico ou vivencial. É assim que compreendemos as palavras e somente reagimos àquelas que despertam em nós ressonâncias ideológicas ou concernentes à vida.” (p.88, grifos do autor)
“A língua, no seu uso prático, é inseparável de seu conteúdo ideológico ou relativo à vida.” (p.89)
“(...) a língua, para a consciência dos indivíduos que a falam, de maneira alguma se apresenta como um sistema de formas normativas.” (p. 89)
“Todo procedimento