Fichamento marilena chauí
136 A autora inicia o texto com o período histórico chamado de “século de Péricles”, afirmando que este tem apenas trinta e seis anos, mas representa um período de grandes realizações culturais em Atenas.
“A expressão ‘século de Péricles’ significa, por um lado, que durante esse período consolidaram-se as tendências culturais que vinham sendo criadas e, por outro, surgiram novas tendências que iriam prosseguir nos anos seguintes, até o domínio da Grécia pelos macedônios e romanos.”
137 A autora traz aspectos do teatro. É apontado a tragédia como instituição social.
“Instituição, em primeiro lugar, porque as tragédias são escritas e representadas durante as festividades cívicas de Atenas; em segundo, porque o coro é formado por um colégio de cidadãos; em terceiro, porque a cidade paga e financia a escrita e a apresentação das peças; em quarto lugar e sobretudo, porque a tragédia é a reflexão que a cidade faz sobre o nascimento da democracia.”
A autora destaca que a distribuição cênica visa apontar as diferenças entre o passado aristocrático e o presente democrático.
137-138 A autora destaca que as leis aristocráticas se baseiam em uma vingança interminável e que a função da tragédia é demonstrar que essas leis precisam e podem ter um fim.
138 Os deuses, que determinaram a obrigatoriedade da vingança, decidem que os mortais devem julgar os mortais em seus tribunais e de acordo com suas leis. “A tragédia narra, assim, o advento da pólis, das leis, do direito e da política democrática.”
138-139 É destacado um segundo aspecto na tragédia, apresentado como o conflito entre as leis da família e a lei da cidade. “A tragédia, além de narrar a diferença entre o passado e o presente, também narra os conflitos entre as leis não escritas do costume (o passado familiar, legislado pelos