Fichamento 3. V.I. Lênin. O Estado e a Revolução. São Paulo: Editora Hucitec, 1987, p. 7-27. Lênin inicia afirmando que o marxismo foi amplamente desvirtuado, sendo adaptado ao que parece aceitável para a burguesia. Dessa forma, explica o que seria o verdadeiro marxismo. Para Engels, o Estado surge quando a sociedade atinge determinado grau de desenvolvimento, no qual consiste na manifestação do antagonismo incompatível entre as classes. Assim, ocorre a necessidade de uma instância superior que se coloque acima das classes para diminuir os conflitos entre elas. (p.7-9) Porém, o que acontece é que o Estado acaba se afastando cada vez mais da sociedade, se colocando acima desta por meio dos impostos e dívida pública (p.15). Um erro amplamente difundido é que o Estado seria o órgão para a conciliação de classes (p.9). Para Marx o Estado é o órgão que consolida e ratifica a submissão de uma classe sobre outra. Algumas de suas características seria a divisão de súditos pelo território e instituição de um poder público dotado de força armada, coerção, prisões, entre outros. E cada vez que se destruía esse aparato que se fortalecia com a oposição de classes, a classe dominante tratava de reconstruí-lo a seu favor, pois o Estado era da classe economicamente superior (p.10-16). Até mesmo o Estado Representativo moderno seria uma forma de exploração do trabalho assalariado pelo capital. Para Engels, o implementação do sufrágio universal seria uma das maneiras de dominação da burguesia a fim de manter o proletariado mais calmo (p.16). A democracia também acabaria com o fim do Estado, já que faz parte deste. Porém, a república democrática ainda seria a forma mais aceitável de governo do capitalismo (p.23-26). Afirma ainda que a libertação do proletariado não é possível sem revolução violenta e sem extinção do aparelho governamental, porém, a passagem do Estado proletário para o fim total do Estado ocorre pelo seu definhamento, junto com o desaparecimento das