Fichamento Leviatã I ao XIII
Fichamento Leviatã
Capítulo I ao XIII (exceto XII)
Thomas Mariano Roquetti Borges RA: 149012
Capítulo I
Da sensação
Uma das principais teses que Hobbes constrói ao longo dos primeiros capítulos é de que a origem de toda representação é a sensação, como dito por Hobbes “Não há nenhuma concepção no espírito do homem, que primeiro não tenha sido originada, total ou parcialmente, nos órgãos dos sentidos”(Hobbes, 1651, pag. 9). A causa da sensação é o corpo exterior, que pressiona os órgãos dos sentidos, ou de forma direta como no gosto e no tato, ou indireta como na vista, no ouvido e no cheiro, que é prolongada através dos nervos até o cérebro e o coração, causando ali uma contra pressão, que faz com que pareça que seja algo exterior. “É a esta aparência ou ilusão que os homens chamam sensação”(Hobbes, 1651, pag. 9); Todas as qualidades sensíveis a nós estão no objeto, mas os movimentos da matéria que pressionam nossos órgãos são muitos. Também em nós que somos pressionados, elas não são nada mais que movimento diversos (pois o movimento não produz nada mais do que movimento). Mas a sensação para nós é ilusão, quer quando estamos acordados quer quando estamos sonhando. A sensação então é a representação originária, causada pelo movimento de coisas exteriores nos nossos órgãos dos sentidos. Essa explicação difere das escolas de Filosofias, em todas as Universidades da Cristandade, que baseados em certos textos de Aristóteles, ensinam outra doutrina e dizem, a respeito das causas, que a coisa sensível emite uma species sensível. Essa crítica as Universidades, é feita não pelo conhecimento em si, mas pela implicação política dele.
Capítulo II
Da imaginação
Imaginação é a imagem da coisa vista (que permanece mesmo com os olhos fechados) embora mais obscura, assim como as ondas que se formam após uma gota ter caído em uma piscina; a imaginação é uma sensação