Fichamento Karl Marx
Assim como Proudhon, Marx não evita a dialética ascendente, nem a inflação de antinomias, muito menos ressalta os diferentes aspectos da dialética, pois negligencia os procedimentos operatórios capaz de captá-los.
“Marx está muito mais próximo da realidade social que Proudhon, e isso graças a seu constante recurso à colaboração entre sociologia e história – de onde decorrem suas expressões, por outro lado ambíguas e infelizes, de “materialismo histórico”, “materialismo prático” ou “novo materialismo”, agravadas ainda mais pelas fórmulas de Engels, muito piores e indiscutivelmente falsas, de “materialismo dialético” e “materialismo econômico.”” Pg.116, 1º Parágrafo.
Mesmo procurando manter a sua dialética no concreto, Marx muitas vezes a compromete, pois à medida que essa dialética muitas vezes não hesita em abandonar o saber histórico para recair-se na filosofia da história e, atribuir “destinos históricos” semelhantes aos que Hegel dava às Nações e aos Estados às classes sociais em luta.
Marx opõe sua dialética à de Hegel, Platão e Proudhon. A dialética marxista caracteriza-se como um humanismo realista, pois afirma que tudo que diz respeito à realidade humana é dialético.
Para Marx sua dialética manifesta-se no “novo materialismo” ou “materialismo prático”. Entretanto, de acordo com o autor do texto em estudo, essa escolha realizada por Marx torna-se infeliz, pois conduziu Engels e o marxismo vulgar a falarem de “materialismo econômico” e de “materialismo dialético”, e, para ele, a dialética liga-se à prática social, onde o materialismo e o espiritualismo perdem a sua oposição.
“... por um lado, as sociedades são totalidades, nas quais se